A vila da Baia Farta, capital do município com o mesmo nome, dista
Segundo relatos escritos, Baia Farta surge por volta do ano 1910, mas a actual vila foi iniciada pelos irmãos António e Agostinho Freitas, os primeiros habitantes de que há memória, e se foi desenvolvendo graças à abundância de peixe, daí o topónimo “Baia Farta”. Ascende a categoria de cidade com o estabelecimento da portaria 14/61, de 13 de Dezembro de 1961. Comporta quatro comunas, Dombe-Grande, Equimina, Kalahanga e Baia Farta, com uma população estimada em 140 mil habitantes, dos quais 33 mil na sede do município.
A açucareira 4 de Fevereiro, há decadas falida na sede da Comuna do Dombe-Grande, representou em outros tempos um vector de desenvolvimento, decorrendo da sua operància como é óbvio, imensos postos de trabalho para além de desencorajar a importação. A Agricultura, umas vezes impulsionada e outras até desgraçada pelas cheias do Rio Kuporolo, e a pastorícia são também actividades de relevo, ou não fossem os "vandombe" criadores de gado por vocação.
Baia Farta é feito pela mística do seu território num ponto inseparável dos mitos da província de Benguela. A comuna da Equimina, por exemplo, dá origem a vários mitos e especulações pelo "simples" facto de chover muito raras vezes ao ano. Já o Dombe Grande é tido como a terra do feitiço, sendo de referenciar a figura do Soba Chiwiyawiya, aquele a quem muitos jovens, hoje adultos, devem o "privilégio" de nunca terem sido alvos das rusgas para o serviço militar obrigatório. Acredita-se ainda hoje, como se fazia no passado e se continuará a defender, que o velho feiticeiro "fechava" a Comuna, fazendo os homens de Maló, o boss do Centro de recrutamento e mobilização perderem a direcção.
Aquele que é pelo seu potencial económico o terceiro município mais importante da província de Benguela está activamente ligado aos demais - se não for por tradição será, seguramente, por força da globalização; basta lembrar que os habitantes que possuam o serviço de televisão por parabólicas são obrigados a se deslocarem a cada três meses à cidade do Lobito para efectuarem o pagamento e a correspondente activação do sinal.
1 comentário:
Tenho muita saudade dessa terra, Dombe Grande onde estive de 1984 a 1096 a trabalhar como Cooperante Electricista Industrial de manutênção
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