Breves entrevistas com membros da AJS à margem da Assembleia, no passado dia 30/12/07. Perguntas directas, respostas sem tabus nem rodeios.
(AV-O): Ao participar desta Assembleia, antecedida de um considerável intervalo, já que a última aconteceu em 2005, que impressão tem? Houve abertura para a prestação de contas?
BD: Dizer que a Assembleia não deu abertura para uma conversa franca e aberta estaria a mentir, porque ali falou-se de tudo um pouco. E, pese embora, termos deixado alguns pontos para o próximo encontro, acredito que foi frutífero o debatido.
AV-O: Teve de se deslocar à província do Huambo por questões de formação, o que o obriga a estar um pouco distante da organização e das suas actividades. Como se sentiu ao reencontrar os colegas?
BD: Sinceramente a emoção é tanta, porque há muito tempo que não participo de um encontro como este, com os meus colegas e amigos associados nesta nossa organização. E sempre que lá estivesse, sentia sempre a saudade deste reencontro, tanto mais que tenho um convite para comemorar o reveillon com os meus amigos no Bocoio, e tive de sair de lá directamente para esta Assembleia.
AV-O: O que espera para 2008?
BD: Espero que tudo corra bem para as pessoas que dão o seu desempenho por “amor à camisola”, não só os membros como também os activistas, como nos é característico.
***************************** João Fernando “John”
AV-O: Acha que valeu a pena a realização da Assembleia?
“John”: Sim, valeu, visto que abordamos aspectos que têm a ver com a Organização, aspectos esses que eu posso admitir que desconhecia. Em suma, foi bom.
AV-O: Quais foram os aspectos que julga necessitarem maior atenção, por exemplo, já no próximo ano?
“John”: Bem, é tentar rever o regulamento interno em si, visto que é um dos aspectos que ficaram reagendados para o próximo encontro e olhar mais por dentro a Organização.
AV-O: Como se sentiu no reencontro com os membros?
“John”: Senti-me muito bem. De facto, foi um grande encontro.
AV-O: O que espera para 2008?
“John”: Espero mais trabalho, que apareçam mais doadores, mais projectos, que a AJS cresça ainda mais.
AV-O: Em 1999 foi convidado a se juntar à constituição da AJS. Se lhe convidassem hoje a integrar outra Associação, qual seria a resposta?
“John”: (Risos) Não sei. Sinceramente, não sei…
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César Menha (CM), membro, responsável pela Administração e gestão dos fundos da AJS AV-O: Que avaliação faz desta Assembleia?
CM: Faço um balanço positivo e para mim valeu porque daí poderão sair outras ferramentas para os próximos encontros, onde sairão alicerces para a nova AJS e para o progresso.
AV-O: Para o período 2007 quais foram as questões positivas e que preocupações gostaria de ver resolvidas nos próximos anos?
CM: Questões positivas foram, por exemplo, o contacto com as comunidades, o trabalho com as escolas e parceiros. Para o próximo ano, gostaria de não pararmos no contacto com os parceiros, as escolas, com a comunidade e mobilizar os membros para a sua participação nas acções da Organização.
AV-O: Se lhe voltassem a convidar hoje para integrar outra Associação a nascer, qual seria a sua resposta?
CM: (Pausa) Acho que podia, por um lado, analisar que fim teria essa Organização e, por outro, aceitar. Porque qualquer Organização, desde que seja para o bem da sociedade, é sempre bem-vinda.
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Na Assembleia de 2005, o membro Edmundo Francisco (EF) foi elevado à responsabilidade de Coordenador Executivo da AJS. AV-O: Como se tem sentido de lá para cá?
EF: Bem, por causa da colaboração que existe entre os membros e também são pessoas amigas, mas também muito apertado por causa da minha agenda pessoal. Mas tem sido possível levar a Organização, digamos, a bom porto.
AV-O: O que dizem os estatutos sobre a periodicidade dos encontros?
EF: Deviam acontecer pelo menos uma vez por ano, ordinariamente. E, extraordinariamente, sempre que necessário. (O interregno registado) é uma fraqueza interna de planificação e de organização de condições, nossa. Nós assumimos.
AV-O: Qual é o estado de saúde da Organização?
EF: Está a crescer e muito bem. Por exemplo, os dois últimos anos foram de muitas acções, de projectos que tiveram um impacto público muito grande, reforçaram a capacidade de intervenção, principalmente nas áreas de comunicação social, educação para saúde preventiva e cidadania. Também fizemos muitas mudanças internas, em termos de administração e gestão interna, bem como na articulação do pessoal recrutado, apesar de os outros membros terem pouco tempo disponível na sua agenda pessoal.
AV-O: A Assembleia correspondeu à expectativa?
EF: Maioritariamente, sim. Inicialmente fizemos uma agenda muito ambiciosa, com muitos pontos e tivemos que priorizar. Ficamos com a apresentação das contas, quer das actividades desenvolvidas desde Setembro de 2005 até finais de 2007, quanto ao dinheiro correspondente aos fundos livres e aos projectos financiados.
AV-O: Qual é o ambiente lá dentro?
EF: Eu sinto que, depois de quase três anos, as pessoas continuam a ter o mesmo espírito de abertura e participação, frontalidade e amizade, seriedade com o trabalho. Quando as pessoas falam, a Organização cresce. Estamos a falar de um grupo, de um movimento de pessoas que envolve interesses principalmente dos cidadãos.